sexta-feira, 10 de maio de 2013

Nhá Chica: virtuosa personagem do Brasil real

Beatificada no dia 4 último, a virtuosa mineira de Baependi se for canonizada  poderá  receber a honra dos altares
 §  Paulo Henrique Chaves (*)

Há certo tempo, passando por Caxambu, tive minha atenção voltada para vários estabelecimentos comerciais com um nome ao mesmo tempo antigo e popular, mas com o charme do Brasil real, do Brasil verdadeiro, bem diferente do Brasil falso apresentado nas novelas.

Satisfazendo minha curiosidade, perguntei ao proprietário da lanchonete Nhá Chica a razão daquele nome. Com a calma do montanhês, falou-me a respeito da personagem, cuja vida transcorreu quase toda ela na cidade de Baependi (MG), a poucos quilômetros de Caxambu.

Mostrou-me um livro que trazia a biografia de Francisca Paula de Jesus Isabel, de autoria de Helena Ferreira Pena. Abriu-o e mostrou-me um soneto dedicado à conhecida e venerada em toda região, Nhá (forma abreviada de Senhora) Chica (de Francisca).

Da lavra do Conselheiro João Pedreira do Couto Ferraz, tais versos, compostos nos idos tempos do Brasil Império (1873), prestam homenagem a Nhá Chica, cujo processo de beatificação foi instaurado no Vaticano, em 1992.
A humilde casa onde residiu Nhá Chica, em Baependi (MG)

Mas, afinal, quem foi Nhá Chica que acaba de ser beatificada? 
Nascida em 1810, em São João del Rei, ainda menina mudou-se com sua mãe para Baependi. Ali, numa modesta casa que ainda se conserva, no cimo de um morro onde se ergue hoje a igreja de Nossa Senhora da Conceição, por ela construída, viveu virtuosamente e morreu em odor de santidade no dia 14 de junho de 1895.

Sua certidão de Batismo fala-nos claramente de sua origem:

“Aos vinte e seis de abril de mil oitocentos e dez, na Capela de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, filial desta Matriz de São João del Rei, de licença, o Reverendo Joaquim José Alves batizou e pôs os santos óleos a FRANCISCA, filha natural de Isabel Maria. Foram padrinhos, Ângelo Alves e Francisco Maria Rodrigues. O coadjutor Manuel Antônio de Castro”.

Com efeito, por uma pintura, na qual ela é retratada e que se conserva na capelinha de sua casa, percebem-se claramente os traços de mestiça, tão frequentes em nosso Brasil real. Como afirmou o Conde Affonso Celso, os negros que vieram para o Brasil mostraram-se dignos de consideração por seus sentimentos afetivos, por sua resignação, coragem e laboriosidade. São dignos, pois, de nossa gratidão.

Segundo sua biógrafa, Nhá Chica era portadora de nobre missão: “Para todos tinha uma palavra de conforto e a promessa de uma oração”. Sua companhia diuturna era uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição ainda hoje venerada na igreja, conhecida na cidade como igreja da Nhá Chica.

Diante da bela imagem esculpida por hábeis mãos de artista em cuja alma vicejava a fé, pude rezar a oração predileta de Nhá Chica, aliás, umas das mais belas preces compostas nos dois mil anos de cristianismo: a Salve Rainha.

Capela edificada por iniciativa de Nhá Chica,
em Baependi, obedecendo ordem
de Nossa Senhora
Um fato narrado por Helena Ferreira Pena descreve o perfil espiritual dessa alma de eleição. Certo dia, Nhá Chica recebeu manifestação da Mãe de Deus mediante a qual pedia que Lhe fizesse uma capela. Como isso requeria muito dinheiro, saiu Nhá Chica pelas vizinhanças em busca de auxílio, que não lhe faltou.

Providenciou logo os adobes. Quando havia certa quantidade pronta desse material de construção, recebeu Nhá Chica ordem de Nossa Senhora para dar início à edificação. Contratou então um oficial de pedreiro que pôs mãos à obra. Encontrando-se os serviços já em certo estágio, o oficial notou que iria faltar material e disse-lhe:

— “Nhá Chica, os adobes não vão chegar! 

— “Nossa Senhora é quem sabe”. Respondeu ela.

O pedreiro continuou o serviço e, ao terminar, não faltou e nem sobrou um só pedaço de adobe.

Fatos como esse se deram ao longo de toda construção até o seu término. Mas Nossa Senhora queria algo mais.

Manifestou a sua serva seu desejo: “Queria um órgão para a igreja”.

Nhá Chica, porém, na sua incultura, não sabia o que era aquilo. Foi consultar o
Órgão adquirido por Nhá Chica
vigário local, Mons. Marcos Pereira Gomes Nogueira, sobre o que era o órgão que Nossa Senhora desejava para a capela.

Segundo vai narrando sua biógrafa, Mons. Marcos lhe disse:

“Órgão é um instrumento até muito bonito que toca nas Igrejas, mas para isso precisa muito dinheiro!”...

— “Mas Nossa Senhora queria. Na Rua São José, casa 73, no Rio de Janeiro, chegou um assim”, disse ela.

Mal Nhá Chica manifestara o desejo de Nossa Senhora, as esmolas começaram a afluir às suas mãos. Foi encarregado da compra o Sr. Francisco Raposa, competente maestro, que partiu para o Rio de Janeiro. O órgão foi despachado até Barra do Piraí (RJ) por via férrea. De lá até Baependi foi levado em carro de boi.

Marcada sua inauguração numa quinta-feira às 15 horas, ela fez tocar o sino, convidando o povo.

Começam a chegar os devotos e a capela ficou lotada. O maestro subiu ao coro e, deslizando suas mãos sobre o teclado, qual não foi a sua surpresa: não se ouviu uma nota sequer! O que teria acontecido?

“Com certeza estragou-se com a viagem em carro de bois, diziam uns. — “Qual! Com certeza venderam coisa velha estragada”, diziam outros.

Nhá Chica chorava... De repente, acalma-se e diz: “Esperem um pouco”. E foi prostrar-se aos pés da Virgem, sua Sinhá.

O povo esperava ansioso. Ela voltou serena e sentenciou:

— “Podeis voltar para suas casas, porque o órgão não tocará hoje, mas amanhã às 15 horas". (Uma sexta-feira, dia da devoção de Nhá Chica). “Nossa Senhora quer que entoem a ladainha”.

E assim se fez. No dia seguinte, novamente o sino soava conclamando os fiéis, que, desta vez, foram em número maior, movidos pela curiosidade.

E às 3 horas da tarde em ponto, o maestro fez ecoar pela primeira vez por toda a igreja, ao som do órgão, a linda melodia da ladainha de Nossa Senhora! As lágrimas desciam dos olhos de Nhá Chica, mas desta vez lágrimas de alegria e felicidade.

Pude ver o órgão, infelizmente em mau estado de conservação, na casinha onde viveu esta personagem muito brasileira, carinhosamente chamada de Nhá Chica. Ele não toca mais.

Caro leitor: se a conselho médico ou para repouso for a Caxambu, não deixe de percorrer os cinco quilômetros até Baependi, para ouvir, no silêncio acolhedor daquela modesta casa, os conselhos que a graça certamente lhe inspirará na alma. E encontrará o único repouso verdadeiro, que é conhecer, amar e servir a Nosso Senhor Jesus Cristo – o Caminho, a Verdade e a Vida.
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(*) Paulo Henrique Chaves é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Coação ambientalista, crime de lesa-pátria?


O Brasil vem sendo o principal alvo da constante pressão ambientalista internacional, tendo sempre a Amazônia nas manchetes. Há dois pesos e duas medidas nesse processo, pois a China, conhecida como a maior poluidora do universo, sintomaticamente é pouco cobrada.

No meio dessa zoeira ambiental, os brasileiros assistem perplexos a esse debate, e sentem medo, pois as trombetas apocalípticas do terrorismo climático não cessam de golpear as suas consciências a cada furacão, a cada tsunami, a cada cheia ou estiagem como vingança da natureza enfurecida.

Já durante a Eco-92, o Apelo de Heidelberg — hoje subscrito por mais de 4.000 cientistas —contestava atitudes irracionais de certos meios científicos, e, ao mesmo tempo, apelava para a absoluta necessidade de ajudar os países pobres a sair de um emaranhado de obrigações irreais que comprometiam suas independências.

Com efeito, o movimento ambientalista nacional e internacional, de orientação neocomunista, engendrou meios para engessar o agronegócio e as obras necessárias ao desenvolvimento nacional. Foram inseridas na legislação ambiental inúmeras proibições, restrições, punições destinadas a imobilizar o nosso progresso agropecuário.

Inexplicavelmente, muito disso passou a constar na legislação do novo Código Florestal, que aparentando beneficiar os brasileiros, na verdade os impede de desenvolver e de aplicar suas imensas potencialidades a fim de alimentar o Brasil e o mundo.

Para bem se inteirar dessa máquina de contrapropaganda de nossa agropecuária, não deixe de ler o livro "Psicose Ambientalista" (*), um verdadeiro best seller, já na terceira edição, de autoria do Príncipe Imperial do Brasil Dom Bertrand de Orleans e Bragança.

O autor aponta para tantas consequências funestas dessa maquinação que não seria exagero qualificá-la de crime de lesa-pátria.  _________________________________ 
(*) Contato e exemplar de cortesia para jornalistas: 
Marcos Balthazar - São Paulo - (11) 2765-4770 
marbalthazar@gmail.com
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